sábado, 21 de maio de 2011

Classificação dos Seres Vivos (parte 2)

Bom galera, demorou... mas vamos a segunda parte...
O intuito dessa nova postagem seria falar do sistema de Lineu e da nomenclatura biológica, no entanto encontrei um excelente texto pronto sobre isso e bastante didático, por isso o texto a seguir foi retirado do Portal de Biologia e Ciências  da editora Saraiva, espero que vocês gostem e que ele ajude a dar uma refrescada nas primeiras aulas que tivemos .



Nomes científicos

Link para o original:

http://diglib1.amnh.org/articles/sci_names/sci_names.pdf
Gordy Slack. America Museum of Natural History. 2002.

Cerca de dois milhões de espécies de plantas e animais já
foram descritos pela ciência. Isso representa apenas uma pequena
porcentagem em relação à estimativa real: de dez a cem milhões de
espécies ainda não foram catalogadas. Para eliminar a ambiguidade
que surgiu com a atribuição de nomes a plantas e animais, Carl
Linnaeus, médico e botânico do séc. XVIII, desenvolveu um rigoroso
sistema de nomeação. Esse sistema de classificação atribui a cada
tipo de organismo um reino, filo, classe, ordem, família, gênero e
espécie. A unidade de classificação é a espécie, e cada tipo de
organismo deve ser universalmente conhecido por um nome
composto de duas partes (binomial), gênero e espécie. Esse binômio
é geralmente derivado do grego ou latim, a escrita científica
mundialmente usada na época. Os binômios são tradicionalmente
escritos em itálico para mostrar que são nomes científicos e não
nomes comuns. O nome do gênero é sempre com a letra inicial 

maiúscula, e o nome da espécie, em minúscula. A tabela demonstra

como funciona a hierarquia de classificação:


Reino ----- Animalia

Filo ----- Chordata (Vertebrados)
Classe ----- Mammalia (mamíferos)
Ordem ----- Artiodactyla (Ungulados)
Família ----- Giraffidae
Gênero ----- Okapia
Espécie ----- johnstoni


Os Okapia possuem vários nomes populares em muitas línguas
diferentes, mas quando um cientista escreve Okapia johnstoni, todos
os biólogos ao redor do mundo sabem, precisamente, a que tipo de
animal ele está se referindo.
Nos últimos dois séculos, o sistema de Linnaeus tem sido
revisto em alguns pontos. Por exemplo, o sistema originalmente
utilizava o número e o tipo de partes reprodutivas das plantas para
dividi-las em diferentes categorias, ou taxons. Essa abordagem
resultou em alguns agrupamentos antinaturais e foi substituída por
outra, elaborada pelo naturalista inglês John Ray, e que se tornou
popular. O sistema de Ray analisa as características morfológicas de
todas as partes de um organismo e em todas as fases de seu
desenvolvimento, para assim concluir a qual grupo ele pertenceria.
Apesar disso, o sistema de classificação hierárquico de Linnaeus e sua
nomenclatura binomial permanecem em uso e seu autor, considerado
como o fundador da taxonomia moderna.
A descoberta da natureza evolutiva da história da vida na Terra
trouxe uma nova dimensão à ciência da taxonomia. Os cientistas
modernos não querem só agrupar os organismos com base em suas
características físicas, ou em susa morfologia, mas que esses
agrupamentos reflitam as relações entre os diferentes organismos ao
longo do tempo.
A Filogenia é a ciência que estuda as relações evolutivas dos
organismos e as expressa por meio de diagramas, chamados
cladogramas, que mostram a similaridade genética entre as espécies.
Hoje, quando uma nova espécie de mamífero é descoberta, os
biólogos examinam sua morfologia, seu tempo de vida,
comportamento, habitat e DNA, antes de determinar exatamente em
qual posição ela deva ser colocada na Árvore da Vida. As técnicas da
genética moderna às vezes surprendem ao mostrar organismos que
parecem similares e que, no entanto, são remotamente relacionados.
Por exemplo, os Okapia, que durante muito tempo pensava-se ser
relacionado ao grupo das zebras, posteriormente, por meio de exame
morfológico detalhado, descobriu-se ser parente próximo de outro
grupo, o das girafas.
No Museu Americano de História Natural e em outros museus e
universidades do mundo, o projeto de Linnaeus de classificação e
nomeação da diversidade da Terra continua em andamento.
Conhecendo apenas uma porcentagem da biodiversidade, os biólogos
tentam entender a vida, da mesma forma que os químicos tentam
conhecer a química com apenas um quinto dos elementos da tabela
periódica.

Tradução de Noraly Shawen Liou 

© 2002 Museu Americano de História
Natural Artigo relacionado:
http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/animal_names/scientific _name.html.
Acesso em nov. 2010



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