sábado, 21 de maio de 2011

Classificação dos Seres Vivos (parte 3)

Vimos de modo simplificado como se deu a divisão e organização dos seres vivos até hoje. Bom, como ciência não é feita de unanimidades, mas sim de diversas teorias e hipóteses conflitantes que podem ou não firmar-se ao longo a história, segue uma curiosidade: qual seria o sistema alternativo aos 5 Reinos de Whitthaker que usamos? 

Fragmento retirado da  adaptação da Profa. Dra. Sônia  Lopes com base em trechos do livro  Cinco Reinos, um guia ilustrado dos filos da vida na Terra, de Lynn Margulis & Karlene V. Schwartz, 2001, Guanabara Koogan


É o sistema de três domínios dos microbiólogos liderados por Carl Woese da Universidade
de Illinois. Usando critérios moleculares,  especialmente sequências nucleotídicas de
RNA ribossômico, esses microbiólogos advogam por três grandes grupos: dois
domínios (Archaea e Bacteria) consistindo  em células procarióticas, e um domínio
(Eukarya) contendo todos os outros organismos.
Os fungos, as plantas e os animais são três dos reinos do domínio Eukarya, da mesma forma como eles estão no nosso esquema de cinco reinos. Contudo, dentro de cada um dos três domínios há numerosos reinos adicionais — muitos correspondentes aos filos no esquema de cinco reinos.
Embora sejamos profundamente devedores a Carl Woese e outros por suas contribuições à reorganização dos seres vivos rejeitamos o esquema de três domínios bacteriocêntricos em bases biológicas e pedagógicas.
Biologicamente, essa trifurcação falha em reconhecer a simbiogênese da célula (fusão de bactérias anteriores) como a principal fonte de inovação na evolução dos eucariontes. Ainda mais, os seus três domínios e múltiplos reinos são estabelecidos somente pelo critério das  comparações de sequências moleculares,
enquanto cada reino no nosso esquema de cinco reinos só pode ser definido usando todas as características do organismo — moleculares, morfológicas e de desenvolvimento.
 Didaticamente, a existência  de  tantos  reinos  no  sistema  de  três domínios destrói o propósito de uma classificação gerenciável da diversidade fundamental de nossos colegas  de planeta, da qual a informação possa ser obtida pelos professores, naturalistas e outros não especialistas. Por essas razões, embora
tenhamos feito extensivo uso dos dados de sequência molecular na nossa classificação, rejeitamos o esquema que tem nesses dados o seu critério único.


As informações acima são realmente uma curiosidade aos meus alunos que ingressarão nas Ciência Biológicas, aos demais, que utilizarão a biologia apenas como instrumento para "passar no vestibular" e espero também que não se esqueçam que essa é aquela ciência que acompanha vocês da hora de acordar a hora de dormir, atenham-se aos postes anteriores.  Para fecharmos bem o assunto de classificação biológica, o que TODOS tem de ter em mente para o vestibular que é o nosso foco agora é :

  • por que classificar?
  • quais são os cinco reinos e que tipo de organismos abrigam;
  • quais são  e qual a hierarquia das categorias taxonômicas (Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie);
  • quais as regras de nomeclatura dos organismos vivos (sistema binomial de Linneu)
Se tiverem claros esses 4 aspectos das aulas que tivemos, absorveram o mais importante para realização da "bendita prova divisora de águas".


No próximo post trataremos do curioso Reino Monera, tentando ao final da sequência desse desmistificar a imagem da bactéria como a "bandida" da Biologia. 

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